Não há dúvidas que Cinderella é a imagem definitiva de princesa para muitas pessoas. Seu conto adaptado por Walt Disney, criou um combo vencedor: a bondade sempre vence, todo mundo pode ter um dia de princesa e a gente vive feliz para sempre quando encontramos nosso príncipe encantado.
Mas a história que deu origem ao desenho é muito diferente da animada. Afinal, até a primeira publicação do conto Cendrillon por Charles Perrault em 1697 é uma adaptação de outra história italiana, La Gatta Cenerentola [A Gata Borralheira]. Sem contar as inúmeras versões existentes, como a dos irmãos Grimm e as contadas no oriente.
Claro que para estrelar seu musical, a princesa das princesas precisava fazer bonito: assim, o espetáculo é um dos mais bem produzidos pela Broadway e segue a adaptação de Richard Rodgers e Oscar Hammerstein, que o exibiram pela primeira vez na TV em 1957 com Julie Andrews no papel título. A propósito, esse programa se consolidou como a maior audiência da TV dos Estados Unidos em todos os tempo.
Depois de estreiar na Broadway em 2013 e se tornar um sucesso imediato, chegou ao Brasil em 2016 com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho. Bianca Tadini [que já esteve em O Mágico de Oz e Evita] assume o papel-título enquanto Totia Meirelles [Sweet Charity e Nine] se destaca como a madrasta.
“Estava querendo fazer uma coisa infantil para os meus netos. Quando apareceu o convite, tive a certeza que tinha chegado a hora de fazer. Afinal, ‘Cinderella’ é um clássico!”. – Totia Meirelles
Bruno Narchi [Cazuza] é o Príncipe Thorpe, mas se reveza no papel com Tiago Barbosa [o Simba de Rei Leão], que atua como o Lorde Pinkleton. Além do talento de Tiago, as sessões com ele trazem um detalhe a mais: é a primeira vez que o príncipe é interpretado por um negro. Carlos Capeletti [O homem de la Mancha] é Sebastian e Ivanna Domenyco [As Bruxas de Eastwick] vive a Fada Madrinha.
A propósito, a adaptação traz muitos elementos que deixam a história muito mais interessante: as filhas da madrasta [Raquel Antunes e Giulia Nadruz] ganham personalidade e não são apenas execráveis como em algumas versões. Também apresenta o personagem Jean-Michel [Bruno Sigrist], um homem com alma revolucionária e que muda todo o enredo.
Apesar de ser uma adaptação americana, existe todo um discurso político que se encaixa bem com o Brasil atual. Os poderosos pouco se importam com os pobres, utilizando a estratégia do pão e circo para se manterem no poder. Uma prova de que o entretenimento não precisa deixar de lado a inteligência.
O surpreendente não para por aí, já que por mais que todos conheçamos a história, nessa versão nem tudo acontece como o esperado… e isso é ótimo!
É preciso destacar também os detalhes da produção: figurino, maquiagem, cenários… além de tantos destaques, as transformações que acontecem no palco são mágicas e surpreendem, um trabalho primoroso de produção e sincronia.
Cinderella sai de cartaz de São Paulo com mais de 100.000 espectadores no dia 5 de junho e estreia no Rio no dia 24, no Teatro Bradesco Rio. Um programão para fazer com a família ou com o seu amor.
Teatro Bradesco Rio
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