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Namore alguém que goste de conversar

Sei bem que o amor não tem regras e que é impossível a gente escolher por quem vai se apaixonar e ainda, determinar que essa pessoa se apaixone por nós também e que esteja disposta a engatar em um relacionamento sério. Por isso mesmo sempre fui um pouco avessa ao discurso “namore alguém que…”, tão comum nos dias de hoje.

Ao mesmo tempo, acredito que a imprevisibilidade do amor não é motivo para nos esquecermos do que é importante para nós em uma relação mais longa e nem para deixarmos de enxergar que alguns critérios são essenciais na hora de levar algo adiante com alguém, já que passar por cima deles vai causar unicamente frustração para ambos os lados. Tanto para quem achou que conseguiria aceitar o outro como ele é, quanto para quem pode começar a achar que deveria ser diferente para conseguir agradar.

E cá entre nós, se envolver com uma pessoa com a qual você não se identifica é muito mais sinal de carência do que de qualquer outro sentimento. Isso não significa que vocês precisam concordar com tudo o tempo inteiro, nem ser uma cópia fidedigna de gostos e pensamentos, até porque isso não existe e se existisse seria entediante conviver com alguém com quem não há troca sobre nada. Aceite.

O que quero dizer é que, mesmo que não haja um consenso de opiniões, você precisa relacionar-se com alguém que saiba ouvir e entender seu lado. Que esteja disposto a compartilhar o próprio ponto de vista ao mesmo tempo em que tenta também enxergar do mesmo ângulo que você.

Alguém disposto a ouvir sobre como foi seu dia e contar sobre o dele, que enxergue a riqueza que existe nos diálogos, sejam eles sobre política, sexo ou sobre o brigadeiro da nova padaria da esquina. Que leve em consideração que a beleza um dia acaba, o sexo pode cair na rotina, mas que se houver diálogo entre duas pessoas as novidades nunca deixarão de existir, já que cada um de nós é um ser humano cheio delas e de particularidades que valem a pena serem divididas, principalmente quando fazemos o mesmo com nossas vidas, camas e potes de escovas de dente.

Transforme os sentimentos em palavras e o dia-a-dia em roteiro. Dê o papel de protagonista para quem estiver ao seu lado e inclua nele falas e mais falas. Converse sobre o tempo, a crise mundial, cinema, crenças, livros, o show que você gostaria de ir, as viagens que pretende fazer, suas vontades, sonhos, expectativas. Saiba ouvir, falar sobre vocês e desmistificar as tão temidas DRs. Dê ao seu parceiro noites de conversas prolongadas e orgasmos mentais. Ainda não conheci quem fique infeliz com este tipo de estímulo.

Não existe essa de “tal assunto não se discute”, porque é isso que o torna um tabu. Ainda mais entre duas pessoas que se gostam e que partilham o desejo de viverem juntas.

“Entrar mudo e sair calado” é regra que só vale pra ambientes fadados a serem preenchidos pelo extremo silêncio, para aqueles que se preenchem pelo amor, a melhor coisa a se fazer é entrar falando, ouvindo e se tiver que sair, que seja transbordando. Há algumas décadas cinema mudo não está mais em alta e só pra lembrar, a vida imita a arte.

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