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Uma regra no amor: a data

Parece que para amar é de bom tom que sigamos algumas regras

Faço um convite para pensarmos sobre o assunto.

Espera-se que as pessoas se conheçam, se interessem, comecem a sair, a se relacionar , a namorar, a comemorar os meses e anos juntos, que usem anel de compromisso, fiquem noivos, casem/morem junto… (etapas a mais ou a menos, não importa)

A questão é que a sociedade, os contos de fadas, livros e filmes nos ensinam que isso é natural. E sim, muitas, ou talvez, todas essas coisas são legais. Mas são obrigatórias?

Amaremos mais ou menos se a cada mês tornamos como marco o dia que o relacionamento começou? É tão importante assim aquela surpresa anual ou o jantarzinho romântico acompanhado por um mimo?

Dia desses estava conversando com minha terapeuta sobre as coisas que eu estava acostumada e as coisas que eu, realmente, queria fazer. Isso porque uma amiga me perguntou sobre a data que comecei a namorar.

Acho legal o casal ter um princípio… Uma dia, um mês… não importa. Mas que seja de forma natural.

Eu normalmente lembro assim: “Ih, dia tal fizemos tantos meses juntos” ou “Semana que vem faremos um ano de namoro.”. Mas pelas cobranças, em todos os relacionamentos anteriores, me achava no dever, por ser mulher, de lembrar das datas. Como sou esquecida, colocava na agenda. Assim o celular me avisava umas semanas antes para dar tempo de preparar algo.

Quando essa amiga me fez uma pergunta e eu não sabia uma data certa. Ela me perguntou: “Vocês não comemoraram os meses?”

Não! (rs)

Pode parecer piegas ou até filosofia de banca de jornal, mas é a cada programa juntos, dias preguiçosos em casa, presentinhos fora de época, fotinhos com mensagens fofas no celular (raridade), atenção e ajuda ,que me sinto “comemorando” o relacionamento.

Vou explicar!

Sempre, sempre mesmo, achei um saco o lance de dia dos namorados. Não acho ruim as declarações de amor, os presentes, surpresas, carinhos, carícias ou qualquer coisa que faça parte do dia. Eu não curto “o Dia”. Ele é confuso, comercial, falso, exageradamente caro, lotado e mecânico. Fazia minhas adaptações com mensagens de amor, presentinhos, programinha fora do padrão ou até fora do dia. Olha lá, não estou dizendo que odeio romantismo, mas o que mais se vê são casais que se dão super mal, aproveitando esse dia para vestir um personagem, ou se apegar ao simbolismo, para arrancar um suspiro de sentimento dentro daquela relação. Acho lindo casais, dignamente apaixonados… Mas sem precisar provar isso para ninguém. Nem para eles mesmo. Pois sentem isso a cada dia.

E essas foram, mais ou menos, as palavras que disse a terapeuta. E aí eu mesma dei um ponto final na conversa que comecei a ter com o Digníssimo.

Quando ficamos de decidir uma data para o início do namoro, imaginei se aquilo era para mim, para nós, ou para os outros. Sim, eu queria um marco e então escolhi um mês. Vasculhei em meus arquivos mentais o momento em que começamos a nos comportar e pensar como casal, sem lutar contra.

Decidido! Mas e aí, o que eu faria com isso? Vou marcar no celular como no passado? Vou esperar que ele lembre? Provavelmente ficarei chateada, pois ele é mais avoado que eu… Vou ficar avisando meses antes para que ele se toque de que é esperada uma festinha a dois?

Não!

Nada disso é natural. Nada disso combina comigo e com ele.

Não precisamos esperar um ano para dizer ou demonstrar que somos felizes e/ou que amamos. Se você gosta disso e lembra desses detalhes naturalmente, bato palma e apoio tudo o que queira fazer, exagerada ou comedidamente. Mas se a coisa é lembrada por alguém ou por algum mecanismo e você acaba, em cima da hora comprando qualquer coisa, ou apelando para aquele cartãozinho pré-moldado basicão, perdeu a graça.

Dou mais valor ao papel de pão com garranchos à ostentação.

Tudo isso para chegar à conclusão que não podem haver regras. Cada relacionamento tem o direito de criar as suas, ou deixar solto. Dane-se o mundo, as convenções, o padrão! Simples assim…

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