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Empoderada e autônoma: a nova Noviça Rebelde

Por décadas os musicais forma praticamente banidos do cinema. Tirando alguma tentativa como Evita ou os filmes da Disney, era praticamente impossível ver gente cantando na telona. Até que chegou Moulin Rouge e com roupagem moderna, trouxe a música para o seu protagonista. E a primeira canção a ser cantada por Christian, interpretado por Ewan McGregor, foi “the hills are alive with sound of music”. Exatamente a música de A Noviça Rebelde, imortalizada por Julie Andrews.

Mas não estou aqui para falar da história de musicais e sim do retorno do maior dos musicais aos palcos brasileiros. Depois de dez anos, os diretores Cláudio Botelho e Charles Möeller trazem de volta A Noviça Rebelde, dessa vez com produção do Atelier de Cultura em parceria com a M&B.

Se é delicioso reencontrar musicais já assistidos no teatro, acho ainda mais gostoso ver artistas retornando ao elenco após tanto tempo. Mesmo que em papéis diferentes, como acontece com A Noviça Rebelde,  que transformou uma de suas crianças, Malu Rodrigues, que na primeira versão viveu Louise, na protagonista, que dessa vez usa a linguagem corporal para se mostrar uma mulher ainda mais a frente de seu tempo.

Também promove o retorno de Larissa Manoela, que fez sua estréia no teatro aos 8 anos na temporada em São Paulo. Se naquela ocasião, a Marina Joaquina de Carrossel encantava o público como a inocente Gretl, dessa vez ela assume a pele de Liesl, a filha mais velha que além de cantar com a família, dá suas escapadas para encontrar com Rolf.

A trama se passa na Áustria e é baseada na história real da família Von Trapp, apresentando a chegada da noviça Maria como governanta dos sete filhos do comandante viúvo George Von Trapp. E é Maria que traz a alegria e a música de volta à casa da família, em meio a ocupação nazista dos anos 30.

E a nova produção ganhou muitos detalhes especiais, a começar pela cenografia assinada pelo inglês David Harri, responsável pela versão de 2017 de Les Miserábles e figurinos assinados por Simon Wells, dos musicais Titanic e Rapunzel, que ainda não estrearam por aqui. Também vale dizer que as personagens femininas foram “empoderadas” e diferentemente da versão anterior, Maria e Liesl demonstram muito mais autonomia, a começar pelo trabalho corporal, com a noviça girando nos calcanhares com movimentação expansiva e a filha mais velha com movimentos mais sinuosos.

O elenco se completa com Gabriel Braga Nunes como o Capitão Von Trapp, Marcelo Serrado como o Tio Max, Alessandra Verney como a Baronesa, Diego Montez como Rolf e Gottsha como a Madre Superiora.

Enfim, assim como filme, A Noviça Rebelde é aquele tipo de musical que não cansa nunca. Fica em curta temporada de 9 semana em São Paulo, então corra para assistir!

Ah, se você é como eu que fica maluco querendo ouvir e cantar as músicas dos musicais que assiste, a primeira versão com Kiara Sasso e Herson Capri [ou Saulo Vasconcelos] ganhou um cd que está disponível no Spotify e você pode ouvir aqui:


SERVIÇO

Noviça Rebelde

Teatro Renault
Av. Brigadeiro Luís Antônio, 411 – Bela Vista, São Paulo – SP.

28 de Março a 27 de Maio
Para ingressos clique aqui.

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