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Uma boa e uma ruim: Los Hermanos

O final dos anos 90 foram marcados pelo surgimento de uma banda com inspirações em ska e hardcore que repetia insistentemente o nome composto de uma garota, alvo de um amor platônico de um cara que tinha tudo para ser legal.

Los Hermanos surgiu para o grande público em 1999, quando a Abril Music decidiu apostar em um grupo de cariocas e lançou o primeiro CD, que catapultou o single Anna Julia para todo o Brasil. Falar de Los Hermanos é algo especial, já que segui esgoelando as músicas do quarteto junto com outros fãs da banda em cada passagem dos artistas por São Paulo.

Do hardcore do primeiro trabalho até o flerte com a bossa nova no quarto, o material que a banda produziu nesses anos de estrada é muito variado e, por mais que desperte o amor em uns e o ódio em outros, não se pode negar a variedade.

Capa dos álbuns Los Hermanos, Bloco do Eu Sozinho, Ventura e 4

Escolher uma boa e uma ruim é deixar de lado todo o restante do repertório que aprendemos a cantar junto, e ainda dizer qual é aquela que não deu certo.

A Ruim: É de Lágrima

Marcelo Camelo usou o 4 para escrever muita referência sobre a vida e o mar. Foi assim com Dois Barcos, Fez-se Mar, Horizonte Distante e, finalmente, É de Lágrima, que fecha o disco. A letra não é ruim, abre com “é de lágrima que faço o mar para navegar” e, simbolizando uma volta por cima, se torna “mágica que eu dobro a vida em flor”. mas como canção não funciona.

A primeira parte é um marasmo, comparável a estar observando a água em um píer. Depois que as palavras terminam de ser recitadas no segundo minuto, parece que a música vai dar uma volta por cima como a letra sugere, mas segue em uma batida chata por mais dois minutos e meio. Não é legal.

A Boa: Todo Carnaval tem Seu Fim

Confesso que não é a minha preferida, mas não tem como deixar de escolher essa música, que abre o Bloco do Eu Sozinho. A música, que se tornou tuíte obrigatório nas quartas-feiras de cinza, rompeu com tudo que tinha sido criado pela banda até então, trazendo um trombone triste para abrir e fazendo uma reflexão sobre a alienação: “Pra que mudar?”.

Vale dizer que o fato dessa música ser uma das mais esperadas nos shows, quando todo mundo tirava o confete do bolso e jogava pra cima, faz com que seja uma escolha mais fácil.

Concorda com as escolhas? Conta pra gente qual seria a sua boa e qual seria a ruim.

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