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O amor e o individualismo

Sempre me pego pensando, ponderando o individualismo e a linha tênue entre o egoísmo. Uma pessoa independente acaba sendo mal interpretada ou até mesmo se perdendo no quesito desejar, querer e poder.

“O que é meu, é meu. O que é seu, é seu.”

Nem sempre essas afirmações precisam ser radicais. Opiniões, conselhos e sentimentos são bem vindos, mas quando limita alguém… sei não!

Vou relatar dois acontecimentos. Ambos com mulheres em seus relacionamentos. Um foi real, ouvi da própria pessoa, o outro veio de um programa de tv.

Evento 1:

Em pleno carnaval, conhecemos pessoas, conversamos amenidades, trocamos experiências e “confidências superficiais”. Uma bela moça, com seus 20 anos, bonita, animada, comenta que acha lindo cabelo curto (comentando sobre meu corte de cabelo chanel na altura do pescoço), mas que tem medo de mudar… Até aí, normal! Eu também tive medo ao cortar curto a primeira vez (raspar a cabeça), cheguei até a chorar ao me ver no espelho. Acontece.

Dando continuidade ao papo, disse que de vez em quando é bom arriscar. Se ela tinha o desejo e achava que combinaria com seu rosto, estilo de vida e tal, porque não arriscar? E outra, cabelo cresce novamente. Sem contar que aplique resolve qualquer cagada (rs). Com o olho esbugalhado, ela ri, meio sem graça e diz: “Não posso nem pensar, meu noivo me larga, ou me mata!”

Ok, respirei fundo e me segurei para não soltar um discurso sobre o individualismo e feminismo. Não sou adepta de rótulos. Entoei um mantra de que eu não tinha nada com isso e continuamos a sacudir os corpinhos ao sol de marchinhas.

Evento 2:

Fazendo pesquisa sobre meu estudo de consultoria de estilo, assisti a um episódio de um programa de moda que ajudava uma mulher comum a melhorar sua autoestima, segurança e imagem. Quando a equipe trocou a cor de seus cabelos, de loiro queimado para um ruivo sutil, ela entrou em desespero. Achei até compreensível, tem gente que se apega aquela imagem de anos, mas com o tempo ela veria que estava bem melhor do que era. Mas aí veio o estalo. Ela disse que o namorado só gostava de loiras e que ela já estava conformada com isso.

Conseguiram entender o ponto onde quero chegar?

Em ambos os casos essas mulheres se podaram com medo da opinião e atitude de seus companheiros.

Eu não gosto de tanta coisa e a cada dia vejo que mudar de opinião faz parte da vida…

Óbvio que quando estamos em um relacionamento fazemos, ou deixamos de fazer coisas, para o bem geral dos envolvidos, mas o amor de alguém acabará por causa de uma peça de roupa, um corte ou cor de cabelo?

Amamos, vivemos juntos, unimos, compartilhamos… hoje você pode gostar de magros e amanhã estar completamente apaixonada por um marombeiro. Ontem, você só se interessava por pessoas sérias e cultas, hoje preza por papos animados e divertidos.

Tudo muda, nós mudamos, natural que as pessoas ao nosso redor mudem também.

Que tal darmos nossa opinião sem ordenar ou manter alguém ao nosso lado sob pressão ou medo?

Surpresas, naturalidade, leveza fazem parte do amor e um relacionamento é composto por pessoas, vidas diferentes que resolveram se unir para se completar e não se anular.

Vamos pensar nisso?

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