Quando estivemos no Sem Censura, programa da Leda Nagle, a jornalista nos perguntou sobre o Amar É…, febre dos anos 70 que se tornou popular em todo mundo com álbuns de figurinha, cadernos e tudo mais o que podia ser licenciado.
Mesmo sendo ilustrador e conhecendo os personagens, no dia da entrevista não tinha a menor idéia de quem criou ou quem desenhava o casalzinho romântico mais conhecido do mundo.
Chegando em casa, fui procurar sobre e descobri que quem teve a ideia foi uma mulher neo-zeolandesa moradora de Los Angeles. Seu nome era Kim Casali [nome de solteira, Kim Grove] e ela fazia os desenhos para seu futuro esposo, o italiano Roberto Casali. O trabalho foi feito de forma pessoal na década de 60, até que no início da década seguinte, surgiu a chance de publicar isso em formato diário.
A primeira tirinha foi publicada em 5 de janeiro de 1970 no Los Angeles Times.
Em pouco tempo, todo mundo estava querendo licenciar o casalzinho, tanto que em 1972 os Casali, que haviam se mudado para o Reino Unido, ganharam cerca de 4 milhões de libras com licenciamento de cards, camisetas, pôster, chicletes e outros produtos. Os personagens não tinham nome oficial, mas era claro que representavam Roberto e Kim.
Em 1975 Roberto Casali foi diagnosticado com um câncer de próstata e Kim não mais desenhou Amar é…, passando o trabalho para o inglês Bill Asprey. Em março de 1976, Roberto morreu.
Kim teve 3 filhos com Roberto, sendo que o terceiro, Milo foi através de uma das primeiras inseminações artificiais da Inglaterra, realizada sete meses após a morte do marido. O caso repercutiu em toda a Europa e, enquanto a imprensa britânica tratava o bebê como um milagre, o Vaticano tratava o caso como uma “afronta a moral do evangelho”.
Kim morreu em 1997. Os direitos intelectuais de sua criação são administrados pela Minikin, que é comandada pelo seu primogênito, Stefano Casali.
E aí? O Amar É… é do seu tempo? Relembre ou conheça agora essa que foi uma febre entre gerações: