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Os vincos no diário de uma paixão

Oi! Muito prazer. Vim até aqui para contar uma história verídica; uma história que poderia acontecer — e acontece — com inúmeros casais mundo afora, mas que aconteceu comigo há cerca de 5 anos, quando eu ainda assistia filmes românticos.

A história acontece em São Manuel, uma cidadezinha bem quente do interior de São Paulo, próxima de Bauru, a terra do pão com presunto e queijo. Foi lá, por intermédio do finado Orkut, que conheci minha primeira namorada. Para preservá-la, a partir de agora seu nome será apenas M.

M adorava filmes românticos. Nunca fui chegado ao gênero, mas ela me fez gostar. Uma vez por mês eu viajava cerca de 4 horas para encontrá-la na casa dos pais. Religiosos — eu, ela e os pais—, assistir filminhos na sala e devidamente acompanhados era nossa atividade preferida. E foi assim por longos 4 anos. E, neste meio tempo, um filme em especial entrou para nossa lista de “coisas do casal”.

Todo casal tem uma lista de coisas só deles, como o sabor de sorvete do primeiro encontro, o papel da bala do primeiro flerte, o cheiro do perfume do primeiro beijo, apelidos carinhosos, o nome dos possíveis filhos, a cor do portão da casa onde envelheceriam juntos etc. Nós, além de todas essas coisas, tínhamos um filme: O diário de uma paixão.

Quando assistimos juntos pela primeira vez, nossas mãos estavam dadas e, em uma cena específica, senti seus dedos pressionarem os meus com mais força. Era a cena clássica onde o carinha (Ryan Gosling) beija a mocinha (Rachel McAdams) durante um baita temporal. Durante os créditos ela me revelou que adorou a cena e que adoraria repeti-la comigo. Esse assunto retornou várias e várias vezes em nossas noites de MSN.

Aí ela me largou.

Sim, foi exatamente assim. Eu em São Paulo, ela na cidade dela, e durante um telefonema ela me disse adeus. Obviamente não foi tão simples assim, mas foi basicamente isso.

Intrigado, resolvi usar o Orkut para tentar entender o ocorrido. E entendi. Ela havia se apaixonado pelo estoquista de onde trabalhava. Até aí tudo bem, não fosse uma publicação peculiar que encontrei no perfil do rapaz. M havia enviado a foto com a cena do beijo, dizendo que queria realizá-la com ele.

Nunca mais assisti filmes românticos da mesma maneira, tampouco pesquisei mais a fundo a relação deles, com medo de descobri-la requentando apelidos e outros carinhos. A página deste diário ficou vincada para sempre.

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